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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O SOLAR DO BARÃO DE JUNDIAÍ



Recentemente, estive visitando o Museu Histórico e Cultural de Jundiaí e pude entender melhor o significado dessa portentosa construção, depois de ouvir as muitas explicações históricas do meu cicerone, o Sr. Wilson Ricardo Mingorance, que faz ali um trabalho de pesquisa, uma vez que, nesse ano de 2012, o Casarão, mais conhecido por Solar do Barão, comemora o seu sesquicentenário.

Mas de onde vem o significado da palavra Solar? Segundo consta, é uma casa de família nobre, também utilizada para identificar uma residência antiga de grande luxo e conforto, relativo à sua época. Um solar podia ser habitado por nobres ou, simplesmente, uma família pertencente à elite tradicional, marcando uma fase do Brasil, a chamada de o “ciclo do café”,  a que pertenceu o Sr.Antonio de Queiroz Telles, o “Barão de Jundiaí”.

Nos meus tempos de jovem, frequentador da Praça Governador Pedro de Toledo, que dava acesso ao antigo cine Ypiranga, passava em frente àquela construção e ficava admirando e imaginando os seus tempos de glórias, quando o Barão hospedou pessoas famosas, entre elas o segundo imperador do Brasil, D.Pedro II, descrito por alguns, como uma figura bonachona e despreocupado com a governabilidade, uma vez que estava cercado por bajuladores e oportunistas, que davam a ele o tom de conduta; mas a meu ver, que li toda sua biografia, constatei que foi um ilustre brasileiro, trazendo para sua pátria, o progresso que se acentuava, necessário para o bom desenvolvimento e os costumes da época.

Voltando ao casarão... Quando por ali passava, percebia que estava em adiantado estado de ruínas, podendo-se notar, pelo telhado destruído, a deterioração daquele patrimônio cultural de nossa cidade. O clamor dos historiadores e pessoas influentes da sociedade batalharam, junto à Prefeitura, por sua reforma, ocorrendo sua inauguração, em 1965.

O fundador do então museu foi o padre Antonio Maria Stafuzza; hoje, está sob a direção de Henrique Jahnel Chrispim, subordinado à Secretaria Municipal de Cultura, que tem à frente a professora Penha Maria Camunhas Martins; tem, como colaboradores, o historiador Geraldo Barbosa Tomanik e o artista plástico João Borin, responsáveis pelas exposições nas diversas salas do casarão, que também empresta o nome à rua em que se encontra edificado.

Depois da visita em seu interior, fui apreciar o jardim nos fundos do casarão/museu, onde existe um pátio mostrando, em um dos corredores, vestígios de um muro construído em forma de taipa, registrando um tipo de construção de fazer inveja aos atuais arquitetos, engenheiros e construtores. Está totalmente arborizado, onde poucas pessoas desfrutam o descanso merecido em seus intervalos de jornadas do trabalho, com um silêncio encantador. 

Difícil acreditar que, em pleno centro barulhento da cidade, existe esse local, deixando o pensamento correr solto em busca de outras fontes inspiradoras de um passado distante.
Salve! seus idealizadores e mantenedores, entregando para a cidade, totalmente revitalizada, essa bela construção, onde a cultura poética desfila de forma harmoniosa.

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